
Pesquisadores associaram exposição à chamada luz azul a uma série de efeitos prejudiciais a uma ampla gama de células, incluindo os neurônios.
O uso de telas de aparelhos eletrônicos pode acelerar nosso processo de envelhecimento, segundo um estudo de cientistas da Oregon State University, publicado nesta quarta-feira (31) na revista científica Frontiers in Aging.
Smartphones, tablets, TVs, computadores… todos os dispositivos que usamos no nosso dia-a-dia emitem a chamada luz azul através da iluminação LED.
Neste trabalho, os pesquisadores expuseram as moscas da fruta à luz azul por duas semanas. Outras moscas foram mantidas em completa escuridão.
Pesquisas anteriores que eles conduziram já haviam mostrado que os insetos ativavam genes protetores do estresse quando expostos à luz azul e que aqueles deixados no escuro viviam mais.
As células de insetos operam em níveis abaixo do ideal, o que pode fazer com que morram prematuramente e explica como a luz azul acelera o envelhecimento.
Após duas semanas, os pesquisadores notaram mudanças nos níveis de metabólitos na cabeça das moscas, mais precisamente um aumento do succinato e uma diminuição do glutamato.
“O succinato é essencial para produzir o combustível que cada célula funciona e cresce. Altos níveis de succinato após a exposição à luz azul podem ser comparados à gasolina na bomba, mas não em um carro.”
Por outro lado, os pesquisadores afirmam que níveis reduzidos de glutamato afetam a comunicação entre os neurônios, ressaltando que os resultados obtidos com moscas podem ser extrapolados para humanos.