A vida sexual é importante em todas as fases da vida. Na terceira idade não seria diferente, porém, é importante entender que algumas coisas serão diferentes, o que não significa que serão ruins.
Ainda há quem pense que o sexo é algo raro quando se entra na terceira idade, mas a prática sexual nessa fase da vida traz muitos benefícios para a saúde física e mental, como maior resistência ao estresse e à dor, mais disposição, fora que mantém a autoestima em alta. Na maioria das vezes envolve mudança e limitações, mas nem por isso deixa de ser prazeroso.
Táticas sugeridas por especialistas no assunto, para uma vida sexual plena na terceira idade
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A vida sexual da mulher na terceira idade
1 – Aceitação das limitações
Cada fase de nossas vidas tem suas características próprias. Na terceira idade temos uma estrutura física que impedem o mesmo fôlego da juventude, porém, com os cuidados adequados, nenhum idoso é privado de ter uma vida sexual prazerosa.
2 – Nada de comparações com o passado
Remeter-nos ao passado com muita constância pode ser negativo, pois pode trazer a pressão da comparação. É importante nos adaptarmos à nova realidade, inclusive sobre a nova condição corporal.
3 – Preliminares mais longas
Elas são necessárias porque o homem leva mais tempo para atingir uma ereção satisfatória, assim como a mulher precisa estar bem excitada para obter um grau de lubrificação adequado para a penetração não incomodar. Além disso, é comum que na terceira idade o foco do sexo não seja a penetração, e sim o contato corporal. A sexualidade é pautada nos beijos, nas carícias (inclusive orais), na conversa e em tudo o que estreite o vínculo e a intimidade.
4 – Proteção, sempre
Estudos recentes mostram que a incidência de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) como Aids, gonorreia e sífilis vem aumentando nos últimos anos, principalmente em pessoas acima dos 50 anos de idade. Embora muitos homens idosos não tenham sido acostumados a usar a camisinha nas relações, é importante avaliar a importância e a necessidade de inserir esse hábito.
5 – Lubrificação com recursos
Para as mulheres, as alterações hormonais tornam a mucosa vaginal mais delicada e menos resistente, além de haver a diminuição da lubrificação natural. Isso significa que o atrito provocado pela penetração causa incômodo, dor e até ferimentos. Como nem sempre esse quadro é tratado, muitas acabam abandonando a prática sexual por desconforto, o que é encarado pelos parceiros como desinteresse. Reposição hormonal, uso de lubrificante em gel e até mesmo a aplicação intravaginal de hormônios podem combater a secura da região.
6 – Optar por uma posição confortável
É preciso encarar o sexo como uma atividade física e, portanto, o limite de cada um deve ser respeitado. Problemas ortopédicos podem limitar algumas posições, mas a tradicional “papai e mamãe” costuma ser a preferida nessa faixa etária pelo conforto e segurança que proporciona.
7 – Conversar
Em se tratando de pares juntos há muito tempo, um dos principais entraves relacionados à sexualidade é o receio de experimentar coisas novas e a resistência em abandonar velhos hábitos. Já casais recentes de idosos têm o desafio de construir a intimidade, mas fatores como crenças religiosas, pensamentos conservadores ou costumes obtidos em relacionamentos anteriores podem dificultar o processo. A saída, nos dois casos, é conversar abertamente sobre o assunto.
8 – Tentar outra vez
Entender o porquê de não ter dado certo e também o benefício para a saúde da relação sexual podem ser os maiores estímulos a novas tentativas em atingir uma vida sexual satisfatória.
9 – O orgasmo muda
Como em qualquer idade, o orgasmo é fruto de um relacionamento prazeroso e, provavelmente, excitante. Nessa faixa etária é comum o homem ou a mulher demorarem para atingir o orgasmo e, no caso masculino, ele ocorrer sem ejaculação. Os benefícios são mais psicológicos do que físicos, o que em hipótese alguma significa que gozar na terceira idade vai ser ruim.