Não é mais novidade o fato de que a velhice está demorando mais pra chegar e quando chega, já não representa mais o mesmo que antigamente. O estereótipo do vovô doente, sentado na sala está cada vez menos presente, pois cada vez mais as pessoas têm passado dos 60 anos cheios de vitalidade e planos para a vida. Definitivamente os 60 anos são os novos 40.
De acordo com os dados mais recentes do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população brasileira tem vivido mais. Consequentemente, coisas que antes eram unicamente do universo jovem vem fazendo parte também da vida dos mais idosos. A tatuagem é uma delas.
Que tipo de tatuagem a terceira idade tem procurado?
Os estúdios de tatuadores que antes eram frequentados unicamente por jovens, vêm recebendo cada vez mais pessoas da terceira idade interessadas em fazer uma tatuagem.
De modo geral, os mais idosos chegam influenciados pelos filhos, que indicam onde eles devem ir. Na maioria das vezes já chegam ao estúdio sabendo o que querem tatuar. Quase sempre desejam a arte de alguma figura ou frase que homenageie alguém ou o símbolo de alguma etapa importante de sua vida ou ainda algo que represente uma superação por ele vivida.
Cuidados para tatuagem na terceira idade
As orientações médicas sobre os cuidados para quem quer fazer uma tatuagem na terceira idade são basicamente os mesmos para todas as idades. Escolher um estúdio legalizado, exigir o uso de materiais descartáveis e verificar a utilização de equipamento de segurança do tatuador, além dos padrões de higiene do local onde será realizado o procedimento.
As únicas ressalvas estão relacionadas com a presença de doenças crônicas na pessoa a ser tatuada. De modo geral, pessoas da terceira idade tem maior incidência delas, portanto é necessária orientação médica antes de tomar alguma decisão. O diabetes, por exemplo, ocasiona a dificuldade de cicatrização, mesmo em procedimentos minimamente invasivos como é o caso da tatuagem.
O assunto ainda é bastante polêmico
As opiniões sobre o assunto são bastante divididas. Enquanto um grupo acha que esse tipo de coisa não deve fazer parte da vida de pessoas mais idosas, outro grupo acredita que todos devem fazer aquilo que desejam.
Partindo do pressuposto de que somos todos livres, precisamos avaliar bem se realmente desejamos fazer uma tatuagem, e se decidirmos ir em frente, uma boa conversa com os familiares mais próximos pode evitar qualquer problema de aceitação. Afinal, onde está a medida certa entre realizarmos nossos desejos e fazer a vontade dos outros, senão numa boa conversa recheada de amor?