Os países e as pessoas estão ficando cada vez mais velhos. São dois fenômenos correlacionados, mas diferentes. O envelhecimento populacional é o aumento da proporção de pessoas com mais de 60 anos (ou 65 anos) no total da população. O envelhecimento pessoal é um fato normal e natural da vida, mas que tem ficado cada vez mais equiparado com o aumento da longevidade. Ou seja, as pessoas estão estendendo o tempo de vida em relação às gerações anteriores e a pirâmide populacional dos países está ficando mais envelhecida. Algumas dificuldades começam a surgir em decorrência deste fenômeno. Os robôs podem ajudar.
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Experiências com Robôs no Japão
O governo japonês está patrocinando experiências de utilização de robôs para ajudar nos cuidados a idosos em lares e asilos. O governo considera que esta pode ser uma boa solução perante uma população em envelhecimento e uma força de trabalho comparativamente cada vez menor.
Uma das experiências tem acontecido em Tokyo, no lar Shin-tomi, onde 20 modelos diferentes de robôs têm sido utilizados nos cuidados aos residentes. “Os robôs são maravilhosos,” disse Kazuko Yamada, um senhor com 84 anos de idade depois de uma sessão de exercício com o Pepper, robô da SoftBank Robotics. “Cada vez mais pessoas vivem sozinhas nos dias que correm, e um robô pode ser um companheiro de conversa para eles. Vai tornar a vida mais divertida”.
Apesar de todos os obstáculos reais na utilização de robôs (custos elevados, problemas de segurança e questões sobre a sua real utilidade) o governo japonês vem financiando estas experiências na sequência das suas projeções que em 2025 existirá um déficit de 380,000 trabalhadores especializados nos cuidados e atenção geriátricos.
Estas experiências são acompanhadas de perto por especialistas de todo o mundo. Mais do que 100 grupos estrangeiros visitaram Shin-tomi ao longo do último ano, para ver de perto os avanços desta tecnologia, de países tão diversos como a China, a Coreia do Sul e a Holanda.