Ao adentrarmos na terceira idade, muitas alterações começam a acontecer em nosso corpo. Juntamente com alterações em tecidos e células, enfrentamos uma verdadeira transformação. A nossa voz também passa por mudanças que são inerentes a esta etapa, variando em intensidade de indivíduo para indivíduo.
As mudanças ao longo da vida
A laringe é o órgão responsável pela reprodução da voz. Ela amadurece totalmente na adolescência, que é o período onde deixamos pra trás características de criança e assumimos nossa voz de adulto. Depois disso, ela se estabiliza e continua assim até a terceira idade, onde há maiores sinais de envelhecimento das cordas vocais.
A voz na terceira idade
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Mudanças físicas na terceira idade
As principais mudanças acontecem no posicionamento da laringe e sua mobilidade, na elasticidade muscular e estrutura das cordas vocais, além de decorrências fisiológicas inerentes à sensibilidade. Assim, o envelhecimento provoca modificações na altura e intensidade, que pode ficar mais rouca ou mais trêmula.
Presbifonia
Presbifonia é o processo natural de envelhecimento da voz. Nota-se um aumento da frequência fundamental nos homens e a redução da frequência fundamental nas mulheres, assim, a voz deles fica um pouco mais fina enquanto a delas se torna mais grossa.
Mas as alterações não são apenas no timbre. Há também a redução no tempo máximo de fonação, o que faz com que o idoso reduza a velocidade de fala e necessite de mais pausas articulatórias. A causa dessas mudanças está ligada a fatores biológicos como o processo de atrofia das glândulas salivares, que interferem na produção de saliva e causam a sensação de boca seca, à calcificação das cartilagens da laringe, o que leva a uma redução da mobilidade laríngea e até à atrofia muscular – assim como acontece com os demais músculos do corpo. Isso sem falar na capacidade vital dos pulmões, que também sofre redução.
Academia da voz – Cuidados especiais
Há algumas medidas que podem ser tomadas com o objetivo de amenizar o envelhecimento da voz. Existe inclusive um tipo de “academia” para as cordas vocais, o método conhecido como reabilitação vocal. Esse programa, prescrito e orientado por um fonoaudiólogo, permite recuperar parcialmente a funcionalidade, deixando-a mais forte, adequada ao sexo e com maior flexibilidade para ser projetada no ambiente se o contexto exigir.