Em nossa cultura existem vários mitos relacionados à terceira idade que podem nos atrapalhar na busca da qualidade de vida. Áreas da nossa realidade podem ficar subutilizadas por causa da compreensão errônea sobre elas.
Quando ficamos velhos, ficamos mais esquecidos?
Mito. Quando se trata de envelhecimento, temos alterações em todos os sistemas do nosso organismo. Do ponto de vista neurológico, existem modificações também, porém, nem sempre elas comprometem a função cerebral do indivíduo. Mudanças no estilo de vida fazem com que o idoso fique menos atento ou participativo. À medida que a pessoa fica mais tranquila, tende a diminuir o poder de assimilação dos fatos. “A nossa memória está relacionada à atenção. Pelo próprio estilo de vida que levamos, implica em menor registro, menor foco de memória. Nem sempre lapsos de memória sinalizam doença”, explicam os especialistas. Para evitar que eles aconteçam, invista em atividades prazerosas para evitar que o cérebro se acomode. Aprender uma nova língua, um instrumento musical ou até mesmo usar o computador pode ser uma ótima maneira de estimular o cérebro.
Os idosos sentem menos sono?
Mito. Alguns defendem que o que acontece na verdade é uma mudança na estrutura do sono. O idoso tem a sensação de que dorme menos ou de que não dormiu bem. Mas nem sempre isso é real. Quando a atividade do corpo é menor durante o dia, é natural que as horas de sono diminuam. Porém, nem sempre é preciso tratar com medicamentos. É preciso investigar as causas dessa mudança e tratá-las.
Acima de 60 anos devo procurar um geriatra?
Mito. O geriatra é um médico generalista com especialização em doenças da terceira idade. Como o processo de envelhecimento começa quando somos jovens, é possível ir ao geriatra para acompanhar o avanço da idade. “Não há nada que impeça a pessoa de envelhecer, o importante é manter a capacidade funcional, motora, física e mental”, explica o médico.