Para quem tem um derrame cerebral, a diferença entre a recuperação e a morte ou incapacitação é medida em horas. Para evitar o dano cerebral, o tratamento deve ser iniciado até três horas após os sintomas aparecerem, mas, muitas vezes o paciente não age de imediato quando o derrame ocorre.
Por não conhecerem os sintomas, as pessoas esperam horas, na esperança de que o desconforto passe e perdem a chance de recuperação. Em média, o derrame mata um terço das vítimas e incapacita outro terço de forma permanente.
O que é um derrame cerebral?
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Um derrame cerebral – também conhecido como AVC (Acidente Vascular Cerebral) – é uma interrupção do suprimento de sangue a qualquer parte do cérebro. Isso acontece quando um vaso sanguíneo é bloqueado por um coágulo (isquemia) ou quando ele se rompe, permitindo vazamento de sangue para o cérebro (hemorragia cerebral).
Fatores de risco
Existem fatores de risco fora do nosso controle, como ter histórico familiar de derrame, mais de 55 anos, ser do sexo masculino, ter diabetes ou já ter sofrido um derrame, mas existem outros de ordem médica ou relacionados ao estilo de vida, que podem ser controlados ou evitados:
– colesterol alto
– pressão alta
– doenças cardíacas
– diabetes
– fumo
– obesidade
– dieta rica em sal e gorduras
– consumo excessivo de álcool
– falta de exercícios
Alguns medicamentos podem aumentar a probabilidade de coágulos sanguíneos e, consequentemente, os riscos de derrame. Pílulas anticoncepcionais, por exemplo, principalmente em mulheres fumantes com mais de 35 anos. Os homens têm derrames com maior frequência do que as mulheres, mas as mulheres estão mais sujeitas a eles durante a gravidez e nas semanas imediatamente subsequentes ao parto.
Conhecendo os Sintomas
Os sintomas do derrame dependem da parte do cérebro que for atingida. Em alguns casos, a pessoa pode nem mesmo perceber que sofreu um derrame. Os sintomas normalmente aparecem de repente, às vezes de forma episódica (ocorrem e param) ou vão piorando ao longo do tempo, podendo incluir:
– Alteração no nível de consciência (sonolência, letargia, perda da consciência);
– Dificuldade em engolir;
– Dificuldade em ler ou escrever;
– Náusea ou vômitos;
– Dificuldade repentina em andar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação;
– Fraqueza ou perda repentinas da sensibilidade do rosto, braço ou perna, normalmente em um único lado do corpo;
– Confusão mental repentina, dificuldade repentina em falar ou entender;
– Dificuldade repentina de enxergar, com um ou com ambos os olhos;
– Dor de cabeça repentina e severa, sem causa aparente.
PREVINA-SE CONTRA O DERRAME
- Monitorar a pressão arterial. Se ela for alta, seguir o tratamento indicado pelo médico para mantê-la sob controle.
- Descobrir se sofre de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que pode provocar coágulos e consequentemente um derrame. O médico pode detectar a fibrilação atrial checando a frequência e o ritmo cardíacos e medindo o pulso. Se o diagnóstico for confirmado, seguir o tratamento recomendado para controle da fibrilação.
- Parar de fumar. Fumar duplica o risco de derrames.
- Beber com moderação – no máximo 2 doses de álcool por dia.
- Controle o colesterol. Na maioria dos casos, isso pode ser feito através de dietas e exercícios, mas algumas pessoas podem necessitar de medicamentos. Siga atentamente as recomendações do médico.
- Controlar o diabetes. Seguir as orientações do médico com relação a dieta alimentar, estilo de vida e medicamentos para controle da doença.
- Fazer exercícios diariamente. Praticar uma atividade física – natação, caminhada rápida ou algum tipo de esporte – por 30 minutos no mínimo, a cada dia.
- Reduzir o consumo de sal e de gorduras, fatores importantes para a pressão alta.
- Investigar se há problemas circulatórios e seguir o tratamento indicado. Depósitos de gordura podem bloquear as artérias que transportam sangue para o cérebro.