A automedicação é uma prática comum entre os brasileiros, estimulada pela grande oferta de informações proporcionadas pela internet. Esse costume é ruim em qualquer idade, ainda mais para nós, na terceira idade que, em geral, temos a saúde mais fragilizada, podemos sofrer de outras doenças e utilizarmos diferentes medicamentos. Um remédio indevido junto com essas condições pode desencadear problemas sérios.
Principais riscos da automedicação
Medicar-se sem o acompanhamento e profissional adequado pode oferecer diversos riscos como erro de dosagem ou da droga certa, incompatibilidade com outros medicamentos que o idoso já consome ou doenças preexistentes, além de reações alérgicas causadas pelo princípio ativo.
– O diagnóstico errado do problema leva a escolha de um tratamento ineficaz para o problema;
–“Misturar” medicamentos pode potencializar ou anular os efeitos terapêuticos;
– Surgimento de reações adversas, ou seja, reações não desejadas e inesperadas com o uso de medicamento, que são danosas à saúde e dificilmente identificadas, além das reações alérgicas;
– Mascarar o diagnóstico de outras doenças na fase inicial pela semelhança de sintomas manifestados por uma virose, como exemplo: dor de cabeça, dor no corpo, febre, cansaço;
– Alguns medicamentos são contraindicados para pacientes que já tenham alguma doença diagnosticada, sendo de conhecimento apenas de profissionais da saúde;
– Em casos mais graves, podem ocorrer intoxicações por medicamentos, quando se utiliza em doses e intervalos maiores que indicados pela posologia, podendo resultar em hospitalização.
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Principais doenças da terceira idade
Tendência à automedicação
Na terceira idade há comportamento específico para a automedicação, que aumentam os riscos. Por muitas vezes, tendemos a não comentar com o médico sobre se automedicar, às vezes esquecemos, ou ficamos receosos em levar pequenos “puxões de orelha” em fazer o errado. Por isso, aumentam as chances do aparecimento de tremores como os da doença de Parkinson, por causa do uso errado de medicamentos para labirintite ou até o aparecimento de ulceras no estômago, decorrente do uso de anti-inflamatórios.
Cuidados ao utilizar medicamentos na terceira idade
– Nenhum medicamento é “para o resto da vida”;
– Evitar o uso prolongado de medicamentos como tranquilizantes e soníferos;
– O tempo de tratamento deve ser definido pelo médico;
– Informar ao médico os medicamentos que estão sendo utilizados;
– Atenção aos horários do medicamento;