Por causa das mortes de macacos em São Paulo no final de 2017 e início de 2018, a Secretaria de Saúde do Estado resolveu adotar a versão fracionada da vacina contra febre amarela. A previsão é que ela também seja adotada pelo Rio de Janeiro e Bahia.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina com dose completa dura a vida toda, enquanto a fracionada valerá por nove anos. A nova regra, já utilizada em países como a Angola, ganhou destaque após análise da Comissão Nacional de Imunização, que apurou a duração da vacina.
Inicialmente, estimava-se que a proteção da dose fracionada era apenas de um ano, mas depois do acompanhamento feito com as pessoas que a receberam, o resultado foi satisfatório.
Como funciona a vacina contra a febre amarela
A vacina contra febre amarela é aplicada via subcutânea, na região do braço. O efeito ocorre a partir do décimo dia depois de tê-la tomado e garante imunidade por pelo menos 10 anos. Ela age estimulando o organismo a produzir sua própria proteção contra o vírus.
As principais localidades em que a vacina contra a febre amarela é indicada são as regiões de matas e rios dos seguintes locais: todos os Estados da Região Norte e Centro-Oeste; estado do Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia, estado de Minas Gerais e oeste de São Paulo, norte do Espírito Santo e estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na região Sul.
É importante lembrar que quem for viajar para regiões afetadas pelo surto precisa tomar a vacina 10 dias antes de embarcar para estar imunizado.
Doses necessárias
A orientação foi reformulada. Anteriormente, após tomar a vacina pela primeira vez era necessário receber a segunda dose depois de 10 anos. No entanto, com a nova regra, uma pessoa que já tomou a vacina contra febre amarela não precisa se revacinar, mesmo que esta dose tenha sido ministrada há mais de 10 anos. As únicas exceções são para pessoas que tomaram a dose fracionada da vacina e para crianças de 9 meses a 5 anos de idade.