Grupos se recusam a aceitar resultado da eleição nacional, que terminou com a vitória de Lula.

Pelo menos sete estados foram fechados para caminhoneiros que não aceitam os resultados das eleições presidenciais.
O primeiro protesto aconteceu no Paraná na noite de domingo (30), a BR-277 foi bloqueada.
Pouco depois, caminhoneiros bloquearam os dois sentidos da Via Dutra que liga São Paulo e Rio no Rio de Janeiro na madrugada desta segunda-feira. Também há apresentações em Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso.
Os protestos, que pareciam isolados, foram lançados por motoristas que defendiam o presidente Jair Bolsonaro (PL), que foram derrotados nas urnas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nenhuma conexão surgiu ainda por trás do movimento.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram paradas em rodovias estaduais e federais em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
No Rio Grande do Sul, comerciantes relataram protestos em Ijuí na BR 285, próximo ao cruzamento da RS-522 e RS-342.

No estado de Santa Catarina, um motorista que foi parado no trevo de Içara informou que as pessoas na fila queriam sair, e o bloqueio foi concluído com apenas “dois ou três caminhões”. Ele reclamou de “inação da polícia” para limpar a pista.

No estado de Mato Grosso, o franqueado Rota do Oeste confirmou que a BR-163 está interditada em cidades como Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop.

A rodovia que liga Goiânia a Brasília também foi paralisada.

O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista de Defesa da Autonomia e Caminhoneiros Celetistas, disse em nota oficial que a categoria não vai frear seus protestos contra os resultados eleitorais.