
O Brasil tem cerca de 37,7 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgados em 2021.
Aproximadamente 75% dos idosos contribuem para a renda em suas casas e 18,5% deles ainda realizam algum tipo de atividade remunerada. Nesse cenário, a violência contra o idoso chama a atenção.
De acordo com dados disponibilizados pelo Disque 100, de 2019 para 2020 o número de chamadas para reportar algum tipo de violência contra o idoso aumentou 53%. Somente em 2021, houve 80 mil denúncias de violações de direitos desse público. A maioria delas ocorre dentro da própria casa da vítima (55,17%) tendo os filhos como agressores (51%).
Entre os tipos de violências contra esse público estão abandono e negligência, a violência física e psicológica, abuso financeiro, violência patrimonial, sexual e discriminação etária.
Existem diversas formas de denunciar uma violência contra o idoso como o Disque 100, Disque-Denúncia 180, o Aplicativo dos Direitos Humanos do Governo, site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, as Delegacias Especializadas na Proteção ao Idoso, Ministério Público e a Polícia Militar (190).

Diante dos altos índices de violência contra os idosos, a conscientização e o acolhimento fazem-se necessários durante todo o ano, como alerta a doutora em saúde pública, especialista em gerontologia pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), enfermeira e professora universitária Adriana Freitas: “É preciso não falar da importância de combater a violência contra o idoso apenas no dia dedicado a esta causa, mas tratar diariamente. O idoso deve ser observado pela sociedade de forma contínua, não só em campanhas. A ciência tem contribuído também trazendo informação para a população”, enfatiza.
Fonte R7