Embora possa soar como paradoxal, envelhecer é um triunfo. No decorrer da vida, grandes vitórias foram colhidas e obstáculos superados através da paixão que tivemos pelas coisas.
Geralmente, a paixão é um tema que está ligado às coisas da juventude. É comum ouvirmos os relatos de paixões avassaladoras que aconteceram no início da vida. Porém ela está presente em todos os indivíduos e é necessária para a manutenção da vida.
Na fase do adulto maduro, somos levados a refletir sobre as questões relacionadas à vida e a morte. Infelizmente, muitos de nós ao nos aproximarmos do momento onde serão rompidos vínculos relacionais, como na possibilidade da perda de alguém, tendemos a tentar nos proteger desligando-nos emocionalmente, apresentando comportamentos regressivos que nos levarão a deixar de viver antes de morrer.
A paixão nos mantém vivos
Poderosa força emocional, a paixão se manifesta de forma pura em diferentes áreas de nossas vidas. Seja no campo pessoal, profissional, científico ou artístico, as paixões se transformam em energia para os processos de criatividade, tão importantes para a manutenção do interesse pela vida.
A paixão é o primeiro estágio de uma relação e nos conduz ao envolvimento mais profundo.
Devo aceitar um novo amor?
O processo de apaixonar-se e desenvolver relações amorosas não se restringe apenas ao tempo da juventude e isso é comprovado clinicamente. Mais do que isso, a vida nos mostra o contrário.
As paixões podem acontecer em qualquer momento da vida.
É claro que temos a liberdade de não querer recomeçar em determinadas áreas em que achamos que já vivemos a plenitude. Seja na profissão ou na relação à dois, pode ser que tenhamos alcançado um ponto em que não temos mais a necessidade de recomeçar o processo. Deixando para nutrir novas paixões em outras frentes como nas manifestações artísticas, relações familiares, etc.
Mas, se temos dentro em nós uma explosão de paixão e afetos por alguém e sofremos tentando abafar este sentimento por achar que não é mais hora nem tempo para estas coisas, precisamos reconsiderar!
Será que dá pra namorar na terceira idade?
Seja por nunca termos vivido um grande amor, ou pela perda na despedida de alguém que partiu, cabe a nós decidir se devemos ou não recomeçar!
E as convenções sociais não podem ser as únicas a nos influenciar. No caso da viuvez ou separação, temos todo o direito de permitir que nossas vidas assumam outro rumo, se assim desejarmos, pois já temos experiência suficiente para respeitar os processos e nos desviar das ciladas.
Valorizemos, portanto, o fato de que nos é dada a condição de estar vivos! Não restringindo isso à mera manutenção do corpo físico, mas olhando para o mais importante de tudo: As coisas do coração!
Pois, vive mais que tem um coração apaixonado do que quem tem um amargurado!
Boa tarde. Fiquei viúva há 12 anos, na época com 51 anos nunca arrumei um novo namorado,fiquei dedicando ao trabalho, hoje estou aposentada mas sinto muita falta de uma companhia. Obrigado.