Não existe nenhuma fórmula mágica para sair das dívidas que funcione para todo mundo. O assunto é complicado e tem muita gente passando por isso. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou que cerca de 50% dos brasileiros estão endividados e, para alguns deles, as dívidas pode chegar a cinco vezes o valor de sua renda mensal. É possível sair desse buraco, mas vai ser preciso esforço e muita disciplina para sair do vermelho e uma disciplina maior ainda para continuar fora dele.
10 passos para sair das dívidas
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1 – Ter um orçamento doméstico
Um orçamento doméstico é importante, por mais simples que ele seja. Listar as despesas e receitas. Incluir dívidas, impostos e as despesas esporádicas como seguro do automóvel, IPVA, etc. Essa é a única maneira de saber tudo o que tem para pagar, quanto dinheiro haverá para pagar essas despesas e avaliar onde e como se está gastando o dinheiro.
2 – Conhecer o tamanho do “Buraco”
Fazer uma lista com tudo o que estiver com pagamento atrasado e atualizar a lista mensalmente, à medida que for abatendo parte da dívida.
3 – Cortar gastos
Classificar as despesas do orçamento doméstico em 3 categorias: imprescindíveis (alimentação, aluguel, água, luz, mensalidade escolar, etc.); desejáveis (academia, TV a cabo, assinatura de jornal, etc.) e supérfluas (cinema, restaurantes, viagens, etc.).
4 – Estancar o “sangramento”
Situações críticas podem exigir um curso de ação mais drástico e imediato. Resgatar investimentos, vender veículos ou imóveis de lazer. Essa é uma maneira drástica, mas efetiva de reduzir o sangramento representado pelo pagamento de juros sobre juros aplicados sobre o total devido ou até mesmo de evitar a perda definitiva de algum bem.
5 – Renegociar o valor das dívidas
Ao negociar, avaliar com atenção se o que está sendo proposto é justo e, se possível pedir ajuda a conhecidos ou órgãos de proteção ao consumidor. Se for justo, avaliar se poderá arcar com o que está sendo proposto e ler com atenção as cláusulas do contrato.
6 – Trocar a dívida por outra menor
Pesquisar as taxas de juros cobradas pelas várias instituições e obter um empréstimo pessoal com o banco que praticar as menores taxas, por exemplo, usando o empréstimo para pagar as dívidas cujas taxas de juros sejam superiores às do empréstimo contratado.
7 – Evitar cheque especial e cartão de crédito
Considerando os riscos envolvidos, esses caminhos deveriam ser usados adequadamente, checando o extrato semanalmente para manter seus gastos dentro do que se pode pagar e pagando o valor total da fatura na data de vencimento, é o ideal, mas nem todo mundo tem a disciplina necessária para fazê-lo. Caso contrário, cancelar os cartões de crédito é uma saída para quando o saldo devedor começar a fugir ao controle.
8 – Mudar a relação com o dinheiro
Adotar novos comportamentos com relação ao dinheiro. Ao considerar novos gastos, pensar em termos de quantas horas ou dias de trabalho esse item representa e avaliar quantas horas de trabalho se trocaria por aquele item. Se ainda assim quiser ir adiante, considerar o adiamento da compra até economizar o valor necessário para pagar o bem à vista e com desconto.
9 – Criar um “Fundo de Emergência”
Assim que possível, começar a poupar uma quantia todos os meses para formar um fundo de emergência. Usar receitas extras, como o 13º. Salário ou a devolução do Imposto de Renda. O fundo de emergência servirá para cobrir despesas emergenciais de curto prazo e dará a segurança de estar preparado para lidar com imprevistos sem afogar-se em dívidas. Assim que o fundo de emergência atingir o equivalente a 6 meses de despesas mensais, começar a poupar para longo prazo. Investir parte de todo aumento de salário, por exemplo, antes de se acostumar com o novo padrão financeiro.
10 – Comemore
Aprenda a comemorar a cada vez que uma dívida for quitada. Tornar esse processo, se não divertido, ao menos gratificante.